O período de 1970 a 1980 é considerado como a fase inicial de expansão da cafeicultura de Rondônia, sendo que nessa fase plantava-se predominantemente cultivares da espécie arábica, entretanto a espécie conilon começava a ganhar expressividade. Eram utilizadas sementes do conilon de origem genética desconhecida, procedentes de lavouras de produção comercial da região norte do Espírito Santo. Nas décadas seguintes, passou-se a utilizar sementes coletadas nos cafezais de conilon do próprio estado de Rondônia. Na evolução histórica da cafeicultura no estado, os principais municípios formadores da região proposta para a IG "Matas de Rondônia" destacavam-se, onde foram realizados grandes projetos de valorização e inserção tecnológica na cultura em questão. Nesse cenário, os municípios de Cacoal e Rolim de Moura já eram considerados polos da produção cafeeira. Ademais, os principais municípios que se destacam na cafeicultura no período atual têm esse vínculo com a seleção de materiais genéticos superiores - resultados da combinação de material de origem genética desconhecida com materiais genéticos superiores provenientes do Institute Agronômico de Campinas (IAC) - e o saber fazer técnico, tendo sido protagonistas das ações de desenvolvimento e parceiros da pesquisa e extensão rural. Desse processo, foi originado o produto conhecido como Robustas Amazônicos, conforme apontado pela Embrapa Rondonia (2019). Esses clones selecionados de form a empírica pelos próprios cafeicultores caracterizam-se pelo bom potencial produtivo e características híbridas de Conilon e Robusta, estando em domínio público, ainda não registrados no MAPA, e não tem sua genealogia conhecida, de acordo com Dalazen (2019). Sendo assim, a variedade botanica Robusta e seus híbridos intervarietais são a identidade dos cafezais rondonienses. A união destas características botânicas, morfológicas, produtivas e de qualidade desenvolvidas, graças à seleção genética realizada pelos produtores e nos campos experimentais da Embrapa em Rondônia, deram origem aos cafés conhecidos como Robustas Amazônicos.