Desde janeiro de 2021, a região de Caparaó é reconhecida como Denominação de Origem pelo INPI.
Os fatores naturais presentes na área de Caparaó incluem: altitudes das lavouras, em sua maioria situadas acima de 800m; relevo montanhoso com altas declividades, o que impede a mecanização; pluviosidade média anual entre 1.200mm a 1.600mm; temperatura média anual de 19oC a 22oC; solos com teores de matéria orgânica relativamente elevados e de fertilidade apontando para teores equilibrados de nutrientes; entre outros.
Os fatores humanos, por sua vez, envolvem: a integração das orientações de assistência técnica com conhecimentos empíricos passados há décadas de pai para filho, em um sistema de agricultura familiar; escolha de variedades de café adequadas a cada localidade; separação de lavouras em talhões identificados; colheita e pós-colheita realizadas por lotes de café; processo de secagem em terreiro de concreto, invariavelmente contando com o trabalho feminino; entre outros.
Por influência desses fatores naturais e humanos, o café do Caparaó apresenta, segundo avaliação sensorial realizada por diversos provadores de café: fragrância e aroma muito complexos, com no mínimo cinco descritores com notas de chocolate, caramelo, melaço de cana, açúcar mascavo, rapadura, mel, frutas amarelas como nêspera, cajá manga e pêssego, especiarias doces e picantes, baunilha, castanha, amêndoas e floral de rosas ou jasmim; sabor suave e muito doce (sempre aparece melaço e/ou caramelo), com finalização prolongada; acidez delicada e cítrica de laranja; corpo variando de sedoso a cremoso, com ocorrência de corpo licoroso ligado a fermentações espontâneas positivas (neste caso é comum inclusive sabor alcoólico de conhaque ou vinhoso).