* Vanusia Nogueira
Desde 2008, o setor de cafés especiais do Brasil ganhou um parceiro fundamental na promoção comercial internacional, com reforço da imagem dos produtos nacionais em todo o mundo, posicionando o país como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas. Trata-se do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em fundamental parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Estruturado sobre os pilares de inteligência, com análise do potencial de mercados internacionais; da promoção, com participação em importantes feiras e fóruns internacionais; e da imagem, com a ratificação de “Brasil. A Nação do Café”, o projeto fomenta o segmento de cafés especiais do país, ampliando os números em todos os elos da cadeia produtiva.
A produção vem registrando crescimentos médios anuais de 15% desde a implantação do projeto, com o Brasil colhendo mais de 9 milhões de sacas de cafés especiais em 2018. É necessário frisar que esse salto foi dado ao longo da última década, através da atuação e dos trabalhos de conscientização que Apex-Brasil e BSCA realizam nas duas pontas: consumidor e produtor.
Nas exportações, o resultado é mais expressivo, com o registro de um crescimento de 600% na receita com os embarques de cafés especiais desde a implantação do projeto, que chegou a US$ 1,6 bilhão em 2018, mas já tendo se aproximado da casa dos US$ 2,5 bilhões (o desempenho do ano passado foi afetado pela queda internacional nos preços). Além disso, o número de países-destino das exportações de nossos produtos se aproxima de 100 e cerca de 200 empresas já foram apoiadas pelo projeto “Brazil. The Coffee Nation”.
CONSEQUÊNCIA INTERNA
Reconhecidamente, o mercado externo demanda um grau superior de disciplina para se ter penetração e, como consequência das bem sucedidas atividades do “Brazil. The Coffee Nation” na promoção dos cafés especiais brasileiros no exterior, as empresas nacionais que integram o projeto se disciplinaram um pouco mais, elevando sua eficácia na produção e, por conseguinte, no mercado interno.
Conforme estudo encomendado pela BSCA junto a Euromonitor International, de 2012 a 2018 houve crescimento anual de 21% no consumo específico dos cafés especiais, que chegou ao equivalente a 705 mil sacas. Nesse mesmo período, em valores, o avanço médio foi de 23% ao ano, com a movimentação, no varejo, de R$ 2,636 bilhões no ano passado.
É notório, portanto, que o projeto desempenha seu papel de mostrar ao mundo que o Brasil é e porque é a Nação do Café. Temos três pilares. Um do segmento produtor, pessoas que trabalham com caráter mais individual. O segundo é a BSCA, que organiza e reúne essas ações individuais e realiza o trabalho em prol daquilo que as pessoas produzem e apresenta ao Brasil e ao mundo. Necessitávamos de algum suporte para isso tudo, uma sustentação para voos maiores, e foi aí que a Apex-Brasil chegou como o terceiro pilar, fornecendo a estrutura para a ampliação de mercado.
MERCADOS-ALVO
A vigência da fase atual do “Brazil. The Coffee Nation” vai até o final de maio de 2020. Além da atenção específica aos mercados asiáticos, principalmente a China, o projeto também possui como mercados-alvo: (i) Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Itália, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido, Rússia, Taiwan (Formosa) e Turquia para os cafés crus especiais; e (ii) Argentina e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.
As empresas que ainda não fazem parte do projeto podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / (35) 3212-6302 ou do e-mail exec@bsca.com.br.
* Vanusia Nogueira é diretora da BSCA
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