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A Fazenda Trapiá foi adquirida por Andréa e Renato em 2005 após se aposentarem de seus empregos “urbanos” na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de não possuírem experiência no ramo da agricultura, sempre planejaram uma mudança de estilo de vida voltada para o campo. O Trapiá então lhes proporcionou exatamente isso, e ainda condições perfeitas para o cultivo de café. Aos poucos a perspectiva de aposentadoria pacata foi dando lugar a uma incessante e apaixonante missão de produzir cafés especiais.
Quando o casal comprou a fazenda em 2005, a maior parte da área era composta por pastagens e algumas plantações de eucalipto. Existiam apenas 20 mil pés de café e nenhuma infraestrutura. Hoje a fazenda conta com 70 hectares plantados de café (por volta de 190 mil plantas) e uma moderna infraestrutura de colheita e pós-colheita. Conseguiu a certificação UTZ/Rainforest, atestando as boas práticas ambientais, sociais e agrícolas empregadas na fazenda, e é membro da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).
Outras atividades agrícolas no Trapiá incluem a extração sustentável da candeia – árvore nativa da região, plantação de oliveiras para produção de azeite, e a produção de mel em parceria com um apicultor vizinho. A preservação ambiental é coisa séria no Trapiá. Cerca de 75% da fazenda é coberta por vegetação nativa. E onde tem floresta, tem água! Diversas nascentes e cachoeiras dão vida ao verde, e ao multicolorido das flores, pássaros e paisagens.
A colheita do café ocorre de maio a setembro, tanto pelo método tradicional de colheita manual, mas também com o auxílio de uma colheitadeira mecânica. Os cafés maduros (cereja) são
separados por densidade e descascados no mesmo dia, indo direto para os terreiros de concreto.
FAZENDA TRAPIÁ – CAFÉS ESPECIAIS
Todos os lotes iniciam o processo de seca nos terreiros, e alguns finalizam nos secadores rotativos com temperatura controlada. Em todas as etapas, o processo de secagem dos cafés é monitorado por medidor de umidade. A etapa final é o descanso nas tulhas de madeira, de 1 a 3 meses, para arredondar os aromas. A fazenda conta com 13 funcionários. Em anos de safra alta, são contratados de 5 a 10 safristas para ajudar na colheita. Além do salário acima da média do setor, a fazenda promove treinamentos e palestras sobre saúde, higiene, nutrição, meio ambiente, segurança e direitos dos trabalhadores. Para as duas famílias de funcionários que moram na fazenda são fornecidas boas moradias, com eletricidade, esgotamento sanitário, fogão a lenha com sistema de aquecimento de água. Todas as crianças vão à escola em transporte público escolar. As necessidades dos funcionários são levadas em consideração, por isso a rotatividade na equipe é muito baixa.
Recentemente, foram instalados painéis fotovoltaicos, além de sala de prova e laboratório de torra de cafés.
Premiações:
2020 – Cooxupé (Especialíssimo): finalista
2018 – Coccamig: 7º lugar no cereja descascado
2018 – Minasul: 1º lugar no cereja descascado
2017 – Minasul: 1º lugar no cereja descascado
2016 – Minasul: 4º lugar no cereja descascado
2015 – BSCA: 5º lugar no cereja descascado
2015 – BSCA: 15º lugar no natural
2015 – Minasul: 2º lugar no cereja descascado
2015 – Minasul: finalista no natural
2015 – Coccamig: 5º lugar no cereja descascado
2014 – Minasul: 1º lugar no cereja descascado
2014 – Coccamig: finalista no natural
2014 – BSCA: semi finalista no natural (colheita tardia)
2013 – Minasul: finalista no cereja descascado e no natural
2013 – EMATER: finalista no cereja descascado e no natural
2013 – COCCAMIG: 5º lugar cereja descascado
2013 – BSCA: semi-finalista no natural (colheita tardia)
2012 – Minasul: 1º lugar no natural
2012 – Minasul: 4º lugar no cereja descascado
2012 – Coccamig: finalista no cereja descascado
2011 – Minasul: 1º lugar no cereja descascado
2011 – EMATER: finalista no natural
Área total da fazenda: 444 ha
Áreas preservadas: 337 ha
Áreas de preservação permanente: 65 ha
Reserva Legal: 128 ha
Áreas preservadas adicionais: 144 ha